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segunda-feira, dezembro 03, 2012

A FOBIA SOCIAL E MEU CICLO VICIOSO



Graças ao fato de eu ser um blogueiro anônimo que eu posso fazer postagens como essa...

Bom, vamos logo resumir este post em uma única frase:

"Eu não gosto ficar perto de gente!"

Agora vamos especificar:

Bom, para começar, eu tenho fobia social, também conhecido como transtorno de ansiedade social, no qual, os TDAH’s são bem propensos a terem. Mas falarei disso depois de eu comentar minha experiência de vida em relação a ela:

Hoje na minha maioridade eu tinha pensado que tinha perdido meus anos dourados por não ter saído com amigos tanto quanto deveria, por não ter namorado, por não ter me destacado por ai, etc.

Até mesmo pelo fato de que seu eu ligasse uma das maiores fontes de informação da minha época "a TV", eu só via filmes nos quais diziam que nesses anos eu tenho que sair com seus amigos, ter garotas, ser popular, praticar esportes e ser bom neles, me destacar e curtir a vida adoidado (o trágico padrão) e se eu não tiver isso, então eu não vivi.

Mas vejo que demorei anos para descobrir algo que poderia ter descoberto apenas indo ao psicólogo, talvez 1 única vez...

Finalmente, olhando para trás entendi este meu ciclo vicioso.


Quando eu estava no ginásio, as vezes o recreio me entediava porque não tinha mais nada a fazer depois de comer, então apenas sentava em qualquer canto e olhava os outros alunos, e para mim já era o suficiente.

As vezes eu pensava em talvez experimentar ir no meio de um daqueles grupinhos para ver se é bom participar da conversa, entretanto, sempre aparecia aquele motivo para não ir "não quero incomodar ou ser intrometido)

O que eu não gosto é de ser rejeitado. isso me faz sentir um lixo.

É como aquela história que você vê em todo lugar:

Fulano gosta de Beltrana, mas Beltrana não gosta de Fulano, mas, quando Fulano passa a gostar de Cicrana, AI O Beltrana passa a reparar em Fulano.

Eu realmente comecei a buscar vida social quando notei que era rejeitado, e a maneira que isso acontecia era quando tinha trabalho em grupo, e praticamente eu ficava sobrando... assim, o professor tinha sempre que me incluir em algum grupo que estava sobrando.

Assim eu me hiperfoquei nisso, e consegui grandes coisas...

Já me aplaudiram de pé ao tocar meu instrumento...
Entro em roda de amigos quando ela aparece..
Sou muito reconhecido no meio social...
Brinco, etc...

Agora, eu não sinto prazer nenhum com nada disso... ficar perto de pessoas me faz ficar em alerta para besteiras que geralmente faço sozinho, alem do fato de que sempre acho que pensarão ou falarão mal de mim depois...

Um exemplo é quando no feriado de independência eu viajei com amigos, e ao tomar café com eles, um deles viu que eu estava reparando o vapor do café subir no ar e se extinguir, assim, chamou meu nome e quando olhei para ele o vi me imitando... E como eu já sou perito nessas ocasiões, a saída que já veio na minha mente foi imitar um maconheiro para dar a impressão que eu tava brincando desde o início.

Com meu aprendizado, parei de frequentar um lugar no qual pensava sempre estar sendo mal encarado eu utilizei todo meu conhecimento para que pelo menos não fosse mal-recebido nele (tanto fazia se fosse muito querido)

Práticamente o prazer que eu conseguir nessas coisas foi por conseguir não ser mais rejeitado, e só. o que vinha depois disso nem era lucro, não era nada.

O que mais entendi sobre mim mesmo é que, se eu estiver sozinho, que seja por opção, e não por falta dela.

Apesar de tudo, esta experiência foi muito útil para mim, pois, várias vezes fui ajudado pelo fato de ser muito gentil ao encontrar a pessoa ou por já tela ajudado antes (Filosofia da “Gentileza gera gentileza”).

Por isso muitas coisas dessa fobia social eu perdi quando comecei a trabalhar com meu pai no ramo de cobranças, pois, para encontrar os lugares em que deveria ir, as vezes era difícil, assim  era necessário pedir informação, entretanto, eu não sabia porque, era muito difícil pedir informações a qualquer um que eu encontrava na rua, Mas com o tempo fui aprendendo. isso sem contar os associados no qual tinha que me comunicar com eles.

Graças ao tempo que passei buscando uma vida social e meu tempo de trabalho eu aprendi a eu tratar bem as pessoas, a brincar gentilmente, a falar coisas interessantes...

Talvez ter este auto-conhecimento me ajude a não superestimar nem subestimar a convivência com as pessoas, pois, uma das providências que irei tomar, é aceitar convites para sair, mesmo que não tenha prazer nenhum com isso (e mesmo que tenha de disfarçar este fato).

Pena que até hoje não consigo tocar se eu olhar para o público. sou muito ruim de começar a conversar com quem não tenho o costume de fazer isso, detesto dar um oi a na rua para quem pouco conheço, me da muito branco ao falar com mais de 5 pessoas ao mesmo tempo, pior ainda se eu for apresentar trabalho... 
Tambem detesto chegar do serviço em casa e notar que tem visitas lá, assim como as visitas geralmente são para meus pais, apenas digo "olá" e "como vai?" e vou indo embora.


Mas aquilo que é mais incrivel nisso tudo, é que saber disso me libertou tanto quanto quando eu soube que era TDAH. 
Haja paz que flui apenas com este conhecimento...




 VAMOS A PARTE DE CONCEITO SOBRE FOBIA SOCIAL:

Se você quiser fazer um teste para saber se tem isso:


No meu caso tive 49 pontos (e nem precisei fazer o teste para saber que tinha isso)



O transtorno ansioso social, também conhecido como transtorno da ansiedade social, fobia social ou sociofobia, é uma síndrome ansiosa caracterizada por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social — o que ocorre quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais. Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.
As pessoas afetadas por essa patologia compreendem que seus medos são irracionais, no entanto experimentam uma enorme apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e não raramente fazem de tudo para evitá-las. Durante as situações temidas, é freqüentemente presente nessas pessoas a sensação de que os outros as estão julgando e, enfim, tais sujeitos não raramente temem ser reputados muito ansiosos, fracos ou estúpidos. Por conta disso, tendem freqüentemente a se isolarem.
Este distúrbio não deve ser considerado uma forma exagerada de timidez, uma vez que os prejuízos incapacitantes que causa à adaptação social não são atenuados sem auxílio ou tratamento. Um estudo recente mostrou que 13% dos brasileiros sofrem deste transtorno.
Sintomas

Os sintomas da fobia social, experimentados pelos vários indivíduos em situações sociais, são, dos muitos, os seguintes:
  • Ansiedade, às vezes associada também aos ataques de pânico.
  • Ansiedade intensa perante grupos de pessoas.
  • Ansiedade antecipatória, isto é, aquela que surge antes de se encontrar, ou só de se pensar na situação temida.
  • Erubescência (ficar corado).
  • Tremores nas mãos, pés ou voz.
  • Suor excessivo, suando frio (especialmente nas mãos).
  • Palpitações ou calafrios. (Raro)
  • Temor de enrubescer-se ou balbuciar.
  • Temor de ser observado e avaliado negativamente por outros.
  • Temor de ser visto como fraco, ansioso, louco ou estúpido.
  • Temor de que as próprias opiniões possam não interessar aos outros.
  • Temor de não estar em estado de comportar-se de modo adequado em situações sociais.
  • Tendência a evitar situações sociais que o colocariam em incômodo (Tendência ao Isolamento).
  • Situações temidas


As situações sociais nas quais as pessoas afetadas por essa patologia mostram majoritariamente os sintomas seguintes, mesmo que de qualquer modo eles também possam variar notavelmente de sujeito para sujeito
  • Encontrar-se com pessoas desconhecidas pelas quais são atraídas.
  • Fazer amizades.
  • Andar na rua.
  • Falar em público.
  • Viajar de ônibus, metrô ou outro meio de transporte público.
  • Comer ou beber em público.
  • Participar de festas.
  • Olhar as pessoas nos olhos.
  • Iniciar uma conversa.
  • Ser apresentado a outras pessoas.
  • Fazer chamadas telefônicas.
  • Estar em espaço fechado onde há gente.
  • Dar ou aceitar cumprimentos.
  • Medo de atender pessoas no portão/porta (ou portaria).
  • Medo de ir ao barbeiro, cabeleireiro, banheiro, hospital..
A fobia social pode ser definida generalizada se os medos são experimentados na quase totalidade das situações sociais, enquanto pode ser definida específica se a ansiedade é experimentada apenas em determinadas situações sociais que podem variar de sujeito a sujeito.
Exemplos

As pessoas com fobia social ficam pensando que todas as pessoas das casas, dos carros, lojas, etc. estão olhando para ela de maneira diferente ou percebendo algo estranho nela (principalmente no rosto) e por isso as pessoas que sofrem de fobia social tentam evitar olhar para as pessoas e andam de cabeça baixa, evitando qualquer contato. Algumas pessoas fazem de tudo para nem sair de casa, ou, quando saem, elas sentem-se totalmente aliviadas quando voltam para casa, pois é o único lugar onde elas se sentem seguras.

Outra situação muito comum é quando a pessoa recebe estranhos em casa, mas conhecidos de outros familiares. A interação com um desconhecido e o processo de conhecer outra pessoa torna-se muito doloroso para o fóbico social, principalmente por se dar dentro de sua casa que é seu refúgio.

O fóbico social frequentemente "marca" as pessoas que lhe trouxeram sofrimento (mesmo que em alguns casos, estas não tenham feito nada de errado) e tenta evitar ao máximo seu contato com esta pessoa no cotidiano. A pessoa que sofre desta doença, é uma pessoa extremamente negativa e muito pouco confiante, pensa que todos sao melhores do que ele, adopta uma personalidade muito pensativa a pequenos pormenores insignificantes e pensa que faz tudo mal, até quando é o melhor. É muito educado, geralmente, é mais inteligente do que a maioria das pessoas , mas o medo faz com que seja uma pessoa tão reservada e amiga, que geralmente, as pessoas confundem com ingenuidade.

Enfrentamento 

Um dos grandes problemas da fobia social é que os fóbicos reconhecem que seus medos são exagerados, excessivos ou irracionais, tendo plena consciência de que seu sentimento não corresponde à realidade, mas são incapazes de lidar com a situação. Na fobia social, o consciente e o bom senso não são suficientes para resolver o problema, sendo este de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão pessoal do paciente.

Essa batalha mental traz um grande desgaste emocional e este é ainda mais agravado quando outras pessoas confrontam a falta de atitude do fóbico. Isso é observado na psicologia, quando o fóbico é estimulado a enfrentar o problema, e que resulta na piora do estado mental, se isolando ainda mais após a experiência. Experiências confrontantes resultam, na totalidade, em mais isolamento.
Incapacitação
A fobia social incapacita a pessoa para o estudo, trabalho e demais atividades sociais privando o indivíduo de conquistas elementares na vida como amizades, relacionamentos amorosos, formação de uma família e crescimento profissional. Comumente, os portadores de fobia social abandonam a escola e os estudos. Os que conseguem trabalhar, buscam profissões onde a interação social é mínima e em períodos noturnos. Com tanto esforço e sacrifício de suportarem a sua propria exposição, com o tempo, eles mentalizam que não precisam das outras pessoas, e começam a evitar todas as situações sociais. Isolam-se de toda a sociedade, ganham uma personalidade muito depressiva e desiludidos com a vida, com a culpa do seu ser na consciência.


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. gostei muito do seu artigo!!!!Qual seria o melhor tratamento para a fobia e como voce conseguiu sair dela?

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  3. Me identifiquei com algumas das situações citadas no texto. Detesto falar ao telefone, fico nervoso ao apresentar um trabalho, não me sinto a vontade em festas...

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